Estamos inaugurando mais uma seção aqui no blog. A ideia é selecionar um título para que alguns membros da equipe que já o tenham lido passem sua visão da obra brevemente. Para começar, vamos falar do fenômeno literário do momento, o livro Crepúsculo, da escritora norte-americana Stephenie Meyer. Publicado em 2005, o romance ganhou diversos prêmios, incluindo o “Top 10 Livros para Jovens Adultos” da American Library Association, entrou na lista de Best sellers do New York Times e Best selling de 2008, no USA Today. Acompanhe agora as impressões sobre o livro:

Pips: O que acontece com Crepúsculo? É fácil. Um livro infanto-juvenil com um herói perfeito, moldado para nossa época. Evita ser um adolescente qualquer, excluindo o fato de ser um vampiro, ele é gentil, doce e apaixonado. Edward Cullen é o maior inimigo (o novo Hanson dessa geração, o novo Garoto do Bloco, o Novo Menudo) dos jovens de hoje, justamente por ser tudo que as jovens de hoje consideram como modelo. Entretanto Bella também sofre pela inveja alheia: “como um homem tão perfeito consegue ir atrás dela?”, indagam fãs do mundo inteiro (e eu particularmente acho a Bella a parte mais interessante). Nesse embate não faltam suspiros, descobertas, constrangimentos, relações familiares e até um pouco de suspense. Esse último item, dosado de maneira astuta nos faz seguir até o final desse romance. E eu até fico feliz que um livro direcionado para jovens, numa leitura fácil, um romance de puro açúcar, não seja dissolvido em dias de chuva.

Ariane:  Eu, assim como muitos outros mortais não-lindos, não-pálidos e não-perfeitos, já li “As Aventuras de Isabella Swan e Edward Cullen”, também conhecida como Crepúsculo. O livro conta a história daqueles dois que de tanto amor, devoção e complicações no relacionamento, podem ser comparados a Romeu&Julieta. A primeira impressão que eu tive do livro foi: “Meu Deus, que capa linda”. Pois é. E com a ajuda dessa beleza a Stephenie Meyer entrou com seus vampiros “vegetarianos” e aquela humana reclamona na minha casa. E eu bem que gostei. O romance é escrito de maneira simples, tem uma protagonista que me dá nos nervos e não é uma lição de moral para a vida, mas quem se importa? A escritora conseguiu despertar o meu interesse e de inúmeros fãs ao redor do globo para ler a saga inteira, isso quer dizer que, alguma coisa de bom, o livro tem.

Liv: Para quem guarda aquela imagem “romântica” de um vampiro bem malvado que bebe o sangue de tudo o que vê pela frente, vai tomar um susto com Crepúsculo, e só podemos concluir que “mexicanizaram” aquela imagem que todos nós tínhamos deles. Edward Cullen, poderia ser muito bem Edward Ramón Cullen, o herói lindo, sensível, apaixonado, que tem cheirinho gostoso e que ama a doce e atrapalhada Isabella (Cristina) Swan. O bom disso tudo é que Crepúsculo diverte você como uma novela mexicana. É cheio de emoções, reviravoltas, lágrimas e é difícil de parar de acompanhar. Mas que acaba com qualquer pesadelo que você tenha com o Conde Drácula ou o Lestat, ah, isso acaba.

Amélie: Crepúsculo é como a nova moda da escola. Todo mundo diz que é muito legal, alguns poucos avessos ao modismo, declaram que odeiam, nunca pegaram um exemplar nas mãos (e nem vão!). E digo que é mais empolgante se for lido sem nenhum tipo de compromisso, gostar, amar ou abominar. De início, uma história de um vampiro super protetor pode ser um tanto brega (me desculpem os amantes da palidez e dos dentes afiados) afinal, poderes sobrenaturais têm muito mais a ver com ação. Voilá, é exatamente esta mistura que fez tanto sucesso entre jovens do mundo inteiro. Se você se acha normal, com uma vida sem emoção, que vive uma rotina pra lá de manjada, se prepare! Porque conhecer a história da Bella, Edward e até de Mike Newton pode ser uma aventura sem precedentes!

Anica: Crepúsculo é ruim? Do ponto de vista da crítica literária, é. Não move as águas da literatura, digamos assim. Não tem nada de diferente e tem falhas no estilo (como a repetição de descrições de Edward, ou de termos como “hiperventilando”). Mas Crepúsculo agrada porque é divertido, sobretudo ao mostrar uma personagem que encarna as fantasias femininas (o vampiro Edward é lindo, legal, inteligente, forte, carinhoso, rico e generoso – e aqui estou sendo econômica nos adjetivos). E quem foi que disse que literatura não pode ser só entretenimento? É justamente o que deveria ser, antes de qualquer coisa.

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