Hoje começo a postar uma sequência de resenhas sobre uma das séries mais divertidas e originais que eu já li. Estou falando do Guia do Mochileiro das Galáxias, do autor Douglas Adams. A obra completa é definida como uma “trilogia de quatro livros mais um”, isso porque o último livro pode ser lido como uma história independente dos outros quatro e foi escrito anos depois.

A narrativa apresenta como característica básica a sátira e o bom humor. Douglas Adams descreve o comportamento humano de forma irônica e engraçada, que muitas vezes pode ser comparada a realidades do nosso cotidiano. Dessa maneira, o leitor consegue se identificar com as situações propostas no livro, mesmo que a obra seja ficção científica pura e inclua casos extremamente diferentes e irreais, sem falar em diversas criaturas extraterrestres.

O primeiro livro da série, no qual eu vou me aprofundar hoje, acabou por dar o nome da saga completa: “O Guia do Mochileiro das Galáxias”. Ele começa em uma quinta-feira, quando Arthur Dent descobre que a sua casa será demolida para dar lugar a um desvio, como diz a passagem “… a história daquela quinta-feira terrível e idiota, a história de suas extraordinárias consequências e este livro extraordinário – tudo isso teve um começo muito simples. Começou com uma casa.”

Mas isso não é tudo, porque Arthur descobre que não só sua casa, como todo o planeta será destroçado para dar lugar a um desvio em uma rodovia espacial. Por sorte (ou talvez azar) ele é salvo por seu amigo, Ford Prefect, que usava até então o disfarce de ator desempregado, mas na verdade era um antropólogo que estava a catalogar planetas para uma nova edição da enciclopédia do “Guia do Mochileiro das Galáxias”.

Segundo o livro, “Em muitas das civilizações mais tranquilonas da Borda Oriental da Galáxia, O Guia do Mochileiro das Galáxias já substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como repositório-padrão de todo conhecimento e sabedoria, pois […] ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes. Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz impressa na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase não entre em pânico.”

Ao longo deste primeiro livro, Arthur e Ford vão percorrer o hiperespaço e conhecer, por exemplo, Trillian, Zaphod Beeblebrox e Marvin, personagens engraçadíssimos. Zaphod, por exemplo, é o estereótipo de um político, que não sabe exatamente o que faz, age como bem entende e comete loucuras o tempo inteiro. Já Marvin, é um robô com características depressivas humanas, o que o torna insuportável para todos os outros personagens, mas muito divertido para o leitor e Trillian é uma quase ex-namorada de Arthur, que acabou por preferir sair com Zaphod em uma festa terráquea.

No decorrer da trama, os cinco vão parar em Magrathea, planeta construtor de planetas, que no momento se encontra desativado por vias econômicas, além de descobrir (ou não) a tão famosa respostas para a vida, o universo e tudo mais e que talvez os seres humanos nunca tenham sido os mais inteligentes e dominadores do planeta Terra.

No fim, depois de passar por várias perseguições e aventuras no hiperespaço, os cinco resolvem comer no “Restaurante no Fim do Universo”, título do segundo livro da “trilogia”, afinal, segundo o livro: “A história de todas as grandes civilizações galácticas tende a atravessar três fases distintas e identificáveis – as da sobrevivência, da interrogação e da sofisticação, também conhecidas como do por que e do aonde. Por exemplo, a primeira fase é caracterizada pela pergunta: Como vamos poder comer? A segunda, pela pergunta: Por que comemos? E a terceira, pela pergunta: Aonde vamos almoçar?”

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