Não sou uma boa amiga. Eu sei disso. Prometo aparecer na semana seguinte e deixo todo mundo do Posfácio em falta. Estou tentando melhorar, tá? Estive no Rio, vi o Papa e agora serei alguém melhor. Mas, enquanto isso não acontece, vou contando as histórias de quem respira música, mesmo sem tocar uma nota.

Foi em 2011. Ah! Aquele ano seria especial. Meu amigo, Daniel Corrêa, disse: “ouve esse tal de Cícero. Acho que tu vai curtir”. No primeiro disco, o autógrafo: “Carol, desculpe não ter conseguido tomar uma cerveja com você. Espero que possamos nos esbarrar na estrada”. Esbarramos feio, demos um puta tropeço. E caímos nesta história.

No fim de 2011, demos início à turnê do aclamado Canções de Apartamento, com 100 mil downloads só no primeiro mês (incluindo vários meus – um em cada computador). O ano de 2012 foi atribulado. Shows por todo país e perrengues também. Tanto, que apelidamos carinhosamente de turnê Favela Rising – XXXTreme :D.

Foram entrevistas para todos os veículos, prêmios Multishow, Circo Voador ao lado do Paulinho Moska e, para fechar com chave de ouro, show com ingressos esgotados no Rival Petrobras e participação especial de Maria Gadú. Foi incrível. Mas foi.

Agora, vamos focar no que é. É um novo disco e se chama “Sábado”! É o início de uma nova jornada, que pretende deixar de lado o “fenômeno da internet” e colocar no palco o advogado que largou a profissão para fazer música. E faz isso muito bem, há mais de dez anos. Não foi em um ano que tudo aconteceu, foi em um ano que as consequências vieram, simples assim. Agora, vem a consolidação.

“Sábado” foi gravado em diversas casas do Rio de Janeiro por onde Cícero andou nos últimos meses. O resultado traz Bruno Schulz na produção e arranjos, Marcelo Camelo na bateria e baixo, Uirá Bueno (Canastra) na bateria e percussão, Bruno Giorgi (produtor do disco “Chão”, de Lenine) no baixo, o músico capixaba Silva no piano e as vozes femininas das cariocas Mahmundi e Luiza Mayall.

A produção ficou na mão do próprio Cicero, Schulz e Giorgi – que é também filho de Lenine e ganhou uma indicação ao Grammy pela produção do álbum do pai. A masterização das dez músicas ficou por conta do já ganhador do Grammy Felipe Tichauer, que masterizou, entre outros, os trabalhos mais recentes da Céu, Curumin, Marcelo Camelo e Wado.

O trabalho foi intenso. Agora, é aguardar pelo resultado, que chega em download, CD e vinil logo menos, pela Deck. E aguardar também por mais uma turnê maluca e cheia de grandes emoções. Eu choro mesmo, fazer o quê? Não dá para ter coração de pedra. Espero que chorem comigo.