Tem uma besteirinha que me diverte um monte.
Palavras sem tradução.
Elas mostram muito sobre as diferenças das culturas.
O fato de os esquimós terem dezenas de palavras para “neve” é um clássico!
E a revista Língua Portuguesa publicou matéria sobre o assunto com direito a alguns exemplos.
Quem souber de outros, por favor me envie!

Em Rapa Nui, Tingo significa pedir emprestadas, uma a uma, as coisas da casa de um amigo até não sobrar nada.
Para os Inuits, Iktsuarpok é o ato de ir muitas vezes à porta da casa para ver se a pessoa está vindo.
2 preciosidades do Gaélico escocês: Giomlaireachd é o hábito de aparecer na casa dos outros na hora das refeições e Sgriob é uma coceira no lábio superior um pouco antes de tomar um gole de uísque.
Os românticos Russos chamam Razbliuto o afeto que ainda se sente por alguém que um dia se amou.
Mais apaixonados ainda os Boros da Índia para quem Onsay é fingir amar, Ongubsy é amar de verdade e Onsia é amar pela última vez.
E sabe quando você atira uma pedrinha na água para ela pular várias vezes na superfície? Os divertidos holandeses chamam isso de Plimpplamppletteren.
E é isso.
Vou plimpplamppletteren ali e volto já!

(Esse post é uma colaboração de Rui Bittencourt, coordenardor da coleção GiraMundo da editora Juruá e autor do blog anotações esporádicas para eventuais falhas de memória)

(Sugestão da Revisora: como esta que vos fala é apaixonada por tradução, foi um prazer imenso revisar o artigo do Rui, e pra quem gostou do assunto e está com o inglês em dia fica um link bem interessante com mais palavras intraduzíveis, do site Words Without Borders. Tem até a nossa saudades)

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