Já pensou em recolher todas as coisas que você encontra pela rua e montar um acervo, uma galeria, algo montado totalmente de objetos ordinários do mundo? Keri Smith ensina a ser um observador nato em How to be an explorer of the world, um guia prático para crianças montarem seu museu de arte da vida.

Atiçando a curiosidade das crianças pelo cotidiano, a ilustradora e escritora Keri Smith as ensina a desenvolver um senso apurado de transformar o ordinário em pequenas obras de arte moderna.

Assim como todas as suas obras, o livro serve como um mini diário, cheio de instruções a serem seguidas (em simples passos), para a criança procurar na rua, no jardim, em casa, pequenos objetos em formatos curiosos (um grampo, um alfinete, uma meia), observar os formatos das nuvens e deixar tudo registrado, pois, de acordo com a autora, tudo se torna arte com uma visão ampla e diferenciada e quem melhor nesse aspecto do que crianças?

Hoje em dia os desenhos animados são segmentados para diferentes faixas etárias, muitos deles como Mini-Eistens, Pinky Dinky Doo, Backyardigans, criam uma interação com a criança que está assistindo (o aprofundamento da antiga técnica de “bata as palmas para a sininho acordar”).

E de que serve esse livro diário, então? Ora, livros infantis não devem servir apenas para alfabetização ou para usar a imaginação, devem unir as brincadeiras com o aprendizado e ao mesmo tempo ser um exercício ao intelecto e a intuição em desenvolvimento usando o cotidiano como fonte de inspiração. Outro ganho do livro é a tipografia escolhida: tudo parece ter sido escrito à mãos e as ilustrações são da própria autora.

Contudo, ADULTOS, não se desesperem, eu mesmo adorei participar dos jogos que o livro propõe e acho um bom descanso para o dia-a-dia sufocante, experimente a sensação de descobrir o que ainda não foi explorado no mundo: sua própria imaginação, olhar e intuição.

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