Hugh Laurie chegou ao estrelato mundial através da série médica House M.D., o personagem conquistou fãs no mundo inteiro devido ao seu jeito sarcástico e frio de encarar seus pacientes e seus empregados, além de um dom de diagnosticar pacientes com sintomas atípicos de doenças muitas vezes simples. Contudo o ator, músico, antropologo e arqueologo lançou em 1997 seu primeiro livro: “O Vendedor de Armas”.

Thomas Lang é um ex-militar que recebe uma proposta para matar um homem, ele recusa a oferta e tenta avisar o alvo de que ele será vitima de um atentado, a partir desse ponto sua missão de “mensageiro” acaba tornando-se uma caçada a culpados e inocentes.

Apesar de ser um romance de suspense, Laurie nos presenteia com uma história de erros, aqueles que criam reviravoltas na história e revelam que nem todos são o que parecem. Seu personagem principal carrega um sarcasmo impressionante para as situações mais adversas, seja numa perseguição de táxi ou ao estar internado num hospital.

Não espere ver um Dr. House nessas páginas, mesmo com características parecidas (inteligência e sarcasmo), Lang tem uma consciência muito mais forte do que o Sherlock Holmes de jaleco.

Com um bom humor muito britânico (as explicações de Lang sobre como quebrar braços ou pescoços, citando o manual do exército ou durante uma conversa que pode levá-lo a cadeia e mesmo assim ele não perde a chance de tirar sarro do serviço secreto britânico) e um mistério cheio de clichês para aguçar o saudosismo dos romances policiais mais antigos (sim, existem mulheres fatais!).

Já estamos no meio de dezembro e em breve viajaremos para a Suiça – onde planejamos esquiar um pouco, relaxar um pouco e atirar um pouco em um político holandês.
Estamos nos divertindo, vivendo bem e nos sentindo importantes. O que mais alguém pode querer da vida?

Thomas Lang torna-se um personagem marcante, pois em nenhum momento parece um “detetive particular” atrapalhado, mas sim, vítima da falta de pistas, troca de informações equivocadas e muitos personagens peculiares.