Quando um sádico serial killer deixa um rastro de violentas mortes pelo Principado de Mônaco, a policia de Monte Carlo se vê em busca de um homem cruel que após matar suas vítimas arranca a pele de seus rostos e couro cabeludo, deixando apenas um careta macabra no cadáver e uma sentença escrita com sangue : Eu mato.

O policial Nicolas Hullot e o agente do FBI Frank Ottobre, ficam responsáveis pelo caso Ninguém (como passa a ser chamado o assassino) e se veem como fantoches nas mão de um homem de extrema inteligência que passa a brincar com a policia e as autoridades italianas.O Homem liga para rádio e on air deixa pistas do próximo assassinato, sempre iniciando suas ligações com a seguinte frase: Eu sou um e nenhum. Sou Ninguém.Após isso divide com o DJ da rádio Jean-Loup suas angústias e sua loucura finalizando as ligações com a sentença EU MATO edeixando uma música como pista para a próxima vítima. Os policiais se veem perdidos em jogo com um homem monstruoso, onde cada segundo pode significar a captura de Ninguém ou a vida de outra pessoa.

Eu mato foi uma agradável surpresa para mim, um excelente romance policial com grandes personagens, um assassino sombrio, cenas bem descritas, tramas paralelos, ótima narrativa, enfim, tudo o que um livro precisa para deixar o leitor vidrado.

Quando comecei o livro, eu não esperava tanto e por isso posso dizer que foi uma das melhores surpresas do ano, apesar de não ter lido muita coisa esse ano. Eu gostei mesma da história. Tudo  foi muito bem criado pelo autor, a motivação do assassino, o assassino em si (Eu não acertei! Tinha dois suspeitos, mas errei!) e até os mocinhos tem o seu fantasmas e tramas particulares.

Só uma coisa, não olhem no final do livro para tentar descobrir o assassino, é surpreendente, vale a pena, eu nem desconfiava! Recomendadíssimo para que curte romance policial! Esse é de primeira linha!

Trecho do livro:

“- Até nisso nós somos iguais. a única coisa que nos diferencia é que, quando acaba de falar com elas, você tem a possibilidade de se sentir cansado. Pode ir para casa e desligar a mente e todas as suas doenças. Eu não. Eu não consigo dormir de noite, porque meu sofrimento nunca acaba.

– E nessas noites, o que você faz para se livrar do seu sofrimento?

Jean-Loup pressionou um pouco o interlocutor. A resposta se fez esperar e foi como se um objeto embrulhado em diversas camadas de papel cobrisse lentamente a luz.

– Eu mato…”

Sobre o autor: Aline é  formada em Ciências Contábeis e mesmo trabalhando com números o tempo todo não deixa de lado o vício da leitura.  Lê livros demais, vê filmes demais e também é viciada em vídeo game. Tende a gostar de tudo queenvolve fantasmas, mistério e sangue.Escreve no: Sempre Nerd