Não posso dizer que sou especialista em muitas coisas, mas garanto a vocês que de toalha eu entendo, coisa primordial da vida. Desde as mais felpudas e quentinhas, que eventualmente soltam pêlos e não secam direito, até as mais ásperas e efetivas. Toalhas brancas umidecidas para os dedos antes da comida japonesa ou 15 das mais brancas para o camarim de algum rockstar, enfim, toalhas. Todo ano, no dia 25 de maio, a tradição se repete: Sair de casa para onde é que o destino chamar tendo em posse a mais perfeita delas. O que eu quero dizer com mais perfeita? Aquela que se adequa a todas as situações que eu vou enfrentar naquele dia. Vale dizer que todas as toalhas se adequam a todas as situações, obviamente, afinal é isso que há de mágico na natureza delas, mas no Dia da Toalha, existe sim algumas escolhas a se fazer.

Mas antes de eu me aprofundar nisso, devo dizer que se você, leitor, veio parar nesse texto por acidente ou tragédia na deep web e não faz absolutamente ideia do porquê dessa obsessão, leia algum destes textos, prometo que tudo ficará melhor depois deles: Dia da Toalha e Guia do Mochileiro das Galáxias. Agora você, bom mochileiro viajado com muitas toalhas surradas e aventuras na bagagem, provavelmente entende do que eu estou falando.

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Às vezes, o seu emprego não permite que você trabalhe com uma toalha amarrada na cabeça ou tão somente uma enrolada ao seu corpo quase nu. Em outros casos, seus amigos (por que você anda com eles?) ameaçam parar de falar com você caso você insista com essa coisa de carregá-la. A toalha perfeita é aquela que entende todos esses contratempos. Tudo que importa é que no Dia da Toalha, você a leve com você, nem que seja enroladinha no fundo da mochila. Nem que seja uma toalha de rosto. Nem que seja para uma breve e talvez constrangedora foto no instagram. Aos mais destemidos e empolgados, vale traje dos pés à cabeça, carregando-as como um troféu e escudo. Aproveitando que é uma sábado, você pode levá-la para jantar em um lugar bacana da cidade. O fato é que todo dia é dia de carregar uma toalha, mas no Dia da Toalha é uma falta grave não ter ela com você.

De modo geral, aqui ficam minhas dicas:

  • Nanocotton branca: Ideal pra quem vai à praia, academia ou parque. São leves e combinam com a meia estação.
  • Aveludada vermelha: Pra quem quer pagar de fashionista da toalha
  • Modal: Possuem até 50% mais de absorção que o algodão comum, então é ideal para os molhadinhos.
  • Algodão orgânico: Para quem tem um coala ou trabalha em ONGs ecológicas
  • Fio penteado: Para dias frios. São mais quentinhas e confortáveis.

Qualquer que seja o seu perfil, o que importa é reconhecer que elas são nossas amigas. Quando você sai do banho no inverno e não tem ninguém pra te socorrer da corrente de ar que vem do sul, é ela que está lá. Por isso e tantas outras que nesse ano, diferente de fazer uma declaração de amor ao Douglas Adams ou dizer qualquer coisa sobre o orgulho nerd, eu proponho que façamos um brinde às nossas toalhas. Um brinde não com qualquer-bebida, mas com Dinamite Pangalática. Copos ao alto, aqui vai a receita:

1 parte de Everclear (pode ser substituido por Bourbon, Moonshine, ou Vodka. Eu colocaria logo cachaça)

1 parte de limão amargo (calma que não vai ser caipirinha)

1 parte de gin

1 parte de licor de menta (ou outro licor de menta, branco ou creme de menta)

– Bastante corante azul para dar aspecto de um céu muito claro e amoroso.

– Cubos de açúcar e extrato de canela à gosto.

– Corante amarelo (opcional)

– Angostura bitters (opcional)

– azeitonas para finalizar.

Preparo:

Misture os primeiros cinco ingredientes e despeje-os em um copo com muito gelo. Então, pegue um cubo de açúcar e deixe-o absorver um mililitro de extrato de canela e uma gota de corante alimentar amarelo (opcional). Jogue o cubo de açúcar e mexa para dissolver, ou simplesmente deixá-o boiando até criar uma camada de cores alucinantes e alucinógenas. Para finalizar, polvilhe a Angostura bitters na bebida, e adicione uma azeitona.