Yeats
Como amante da poesia, acredito que seja importante conhecer a vida e as obras dos melhores poetas da história. Por isso decidi apresentar para quem não conhece, um pouco da vida desse escritor maravilhoso, William Butler Yeats. Eu acredito que para compreender a beleza e o talento nas poesias deste grande homem, é necessário conhecer sua vida e o que o inspirava.

O anglo-irlandês William Butler Yeats foi provavelmente o maior poeta da literatura Inglesa do século XX. Alguns acreditam que ele ultrapassa Thomas Hardy, Robert Frost, T. S. Eliot, entre outros.

Nascido em Dublin no dia 13 de Junho de 1865, Yeats era descendente de uma linha de clérigos protestantes cuja tradição foi quebrada inicialmente por seu pai, o pintor John Butler Yeats. Seu irmão Jack Butler Yeats, se tornou um dos pintores irlandeses mais respeitados, e o próprio W. B. Se matriculou na Dublin School of Art. Mas seus poderes literários se manifestaram rapidamente com o seu longo poema The Wanderings of Oisin (1889) e ao perceber que sua escrita era melhor do que sua pintura, saiu da Dublin School of Art. Durante o mesmo tempo ele conheceu e se apaixonou desesperadamente por Maud Gonne, a quem prestou a corte (sem retorno) por vinte e oito anos.

Em 1917, alguns meses antes de se casar com Bertha George HydeLees (ela com vinte e cinco anos e ele com cinquenta e dois), Yeats compôs a mais bela de suas prosas, Per Amica Silentia Lunae (“no silêncio amigável da lua”) – sua convicção, sua crença mais verdadeira e apaixonada e enquanto para ele a prosa era relacionada ao ocultismo, ela tem suas implicações universais.

WB.B. era ocultista e esse lado não pode ser descartado, considerando que o tema é frequentemente central em sua poesia. A Sra. Yeats era médium, e os espíritos falavam através dela com seu marido por pelo menos 450 vezes.

Sua vida foi turbulenta, centrada no Abbey Theatre in Dublin, para onde ele escreveu uma sequência de dramas inesquecíveis. Esse teatro era muito importante na sua vida e juntamente com Lady Gregory, mudou toda a história deste lugar. Conforme ele mesmo disse,

“The theatres of Dublin were empty buildings hired by the English travelling companies, and we wanted Irish plays and Irish players. When we thought of these plays we thought of everything that was romantic and poetical, because the nationalism we had called up—the nationalism every generation had called up in moments of discouragement—was romantic and poetical.”

(Os teatros de Dublin eram prédios vazios alugados por companhias viajantes inglesas, e nós queríamos peças Irlandesas e atores Irlandeses. Quando pensamos nessas peças, pensamos em tudo que era româncito e poético, porque o nacionalismo que nós convocamos – o nacionalismo que cada geração convocou em momentos de desencorajamento – era romântico e poético).

Em Dezembro de 1923, Yeats ganhou o Prêmio Nobel de literatura, sendo o primeiro escritor Irlandês a conseguir tal prêmio. Ele sabia do valor simbólico de um ganhador Irlandês tão logo após a independência da Irlanda, e visava frisar o fato em cada oportunidade que aparecia. Suas respostas para várias cartas de congratulações que ele recebeu continham as seguintes palavras:

“I consider that this honor has come to me less as an individual than as a representative of Irish literature, it is part of Europe’s welcome to the Free State.”

(Considero que esta honra deve-se menos a mim como indivíduo do que como um representante da literature Irlandesa, e é parte das boas-vindas Européia para o Estado Livre). Yeats aproveitou a ocasião de sua carta de aceitação na Royal Academy of Sweden para se apresentar como o porta-bandeira do nacionalismo Irlandês e da independência cultural Irlandesa.

Depois de seu casamento, entrou na sua melhor fase com um volume imenso de letras, o The Wild Swans at Coole (1918). Seus últimos trabalhos culminaram em The Tower (1928), the Winding Stair (1933), e o póstumo Last Poems (1939).

William Butler Yeats morreu em 28 de Janeiro de 1939, com setenta e três anos, em Roquebrune-Cap-Martin, na França. Ele foi primeiro enterrado lá conforme seu desejo , sendo re-enterrado em 1948 em Drumcliff churchyard, Condado de Sligo, Irlanda. Seu ultimo poema escrito foi “The Black Tower” em 1939.

A vida deste grande homem foi extremamente interessante, e com muito mais acontecimentos e emoções do que o simples resumo escrito aqui. Aconselho para todos que não leram suas obras, que busquem nas livrarias ou em sebos mesmo, pois vale muito a pena. Para quem lê em inglês, o original é a melhor opção. Para se ter uma boa introdução ao trabalho deste fabuloso poeta, recomendo “Selected Poems”.

COMENTEM ESSE ARTIGO NO FÓRUM MEIA PALAVRA