“A verdade não é, de modo algum, aquilo que se demonstra, mas aquilo que se simplifica.”
Ele encontrou o menino de cabelos dourados em pleno deserto. Falava-lhe da rosa e de quanto os adultos não compreendiam que um dia foram crianças. O que se passa na bela fábula infantil “O Pequeno Príncipe” não poderia ter caído no esquecimento pois o livro é o preferido de 9 a cada 10 misses Universo.
Brincadeiras a parte, o autor o livro, Antoine de Saint-Exupéry não fez só uma bela obra que já é mais que reconhecida como um livro infantil feito para adultos. Ele é considerado um autor importante da literatura francesa e da literatura universal do século XX. Ele também pôs frases como “tu te torna eternamente responsável por aquilo que cativas” no inconsciente (ou deveria ser consciente) coletivo. E foi adaptado e readaptado para as mais diferentes mídias (desenhos, séries, filmes, revistas e produtos que vão de livros de colorir à sapatos!).
Quem não reconhece na sua própria vida real os personagens do livro, como o homem de negócios que está dia após dia ocupado demais? Ou o acendedor de lamparinas que executa incansavelmente sua atividade de iluminar e apagar? Ou até mesmo a raposa e seus conselhos preciosos?
Uma obra filosófica incomum para o homem das guerras. Saint-Exupéry a escreveu durante o exílio nos Estados Unidos, quando a França assinou em 1940 o armistício. Desde a infância gostava de mecânica, mesmo que as condições financeiras não fosse as mais indicadas para o sonho de ser aviador. Mas essa não era a sua única paixão. Aos 16, conheceu a poesia, que na verdade era parte da cultura familiar dele já que sua mãe, Marie Boyer de Fonscolombe, era grande apreciadora da leitura e das artes.
O que mais intriga na história de Exupéry, além de uma vida de vitórias e derrotas, é talvez a maior contradição de todas: sua morte. O aviador-escritor gostava de quebrar os próprios limites, encarava missões de resgate nos locais mais inóspitos, como o deserto do Saara, e ainda fazia marcas recordes de vôo, seja em Paris ou em Nova Iorque. Ele nunca deixou de pilotar, pois a solidão, a quietude, era m formas de refletir as coisas da vida como os valores e a amizade.
Em 31 de julho de 1944, pouco mais de 8 horas da manhã, não se ouvia mais uma notícia sequer de Saint-Exupéry. Em um vôo sob o oceano com seu Lockheed P-38, saindo de Córsega em uma missão para Paris, o piloto sumiu. Sua morte foi considerada um mistério até que em 2004 foram localizados os destroços do avião, onde se supunha que estivesse esse tempo todo. Vestígios do corpo? Nunca ninguém viu.
Desapareceu, exatamente como o principezinho. Quando questionado sobre como gostaria de morrer: no mar como se dormisse um sonho. Talvez tenha voltado ao seu planetinha. Ou então está de visita no B-612, ajudando a limpar os três vulcões, e cuidando para que a ovelha da caixa não devore as folhagem da rosa.
Ainda em tempo, três curiosidades:
– As ilustrações aquareladas do livro “O Pequeno Príncipe” são feitas pelo próprio autor.
– No total, a sua bibliografia é composta por 8 livros – a grande maioria relatos de guerra.
– Há coincidências numerológicas entre o livro e a morte do autor. Saint-Exupery morreu em 1944, aos 44 anos. Na versão inglesa da obra aparece que do planeta em que o princepezinho mora, em um dia vê-se 44 pores-do-sol e 44 anoiteceres. Já na versão francesa, o número é 43. A obra foi escrita em 1943.
Nossa, a última vez que eu li O Pequeno Príncipe eu edvia ter uns 10 anos. Que vontade de reler que você me deixou agora…
E eu não sabia nada sobre Saint-Exupery. Ótimo texto, Amélie!
Nunca li! Mas amei o texto! Parabéns, Amélie! =*
É tão fácil saber de um livro notório e esquecer do autor. Eu não imaginava metade das coisas que você escreveu. E olha que o livro é famoso.
Que fofo que ele está na foto ^^
Amei o texto, fiquei sabendo de muita coisa, legal saber que foi ele o responsável pelos desenhos no livro =]
E fiquei curiosa para ler esses outros dele aí sobre guerra…
=D
Sutil, sublime, texto emocionante, sinceramente gostei muito, é tocante a história toda dele, fico aqui a pensar se ele não sumiu por que quis e foi viver uma outra vida, novo nome, novo planeta, naquela época era mais fácil desaparecer, ou será que ele quis morrer no mar, será que foi de propósito? não sei, será que vc sabe?
“ao som de coldplay”
…cativaste-me, e eu me deixei cativar…
Assim começou a minha história com o livro Principezinho! Uma grande amiga mo apresentou e então tudo na minha vida fez sentido. Tanto que nas mensagens que trocamos, usamos as frases do livro para dizer o que sentimos, como estamos… Por exemplo. Quando estamos trsites, dizemos um ao outro : “…hoje eu vi um por do sol…”
E assim vamos vivendo este livro que se tornou parte de nossas vidas principalmente quando eu fui de viagem por outros planetas em busca de aventuras, e deixei a minha rosa no planetinha com sua tres garras de tigre para se proteger… Mas toda noite eu coloco a redoma para que o frio não a incomode!!!
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